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ENVELHECIMENTO PROVOCA ALTERAÇÕES CARDIOLÓGICAS


Pele fina e seca, cabelos brancos e unhas quebradiças não são as únicas características naturais da velhice, são apenas as aparentes para nós. Com o passar dos anos, os órgãos também envelhecem e sofrem alterações estruturais. O músculo cardíaco aumenta de peso, cerca de 1g a 1,5g por ano. Mudanças como essa não são prejudiciais em si. Porém, os batimentos cardíacos e sua sua eficiência ficam reduzidos, diminuindo o volume de sangue bombeado. O que acontece, de acordo com Renato Fabbri, presidente da Sociedade de Geriatria e Gerontologia, regional São Paulo, é que diante de algumas atividades que exigem força e agilidade, como subir um lance de escadas, a resposta cardiovascular também será diminuída. “As alterações do ‘coração envelhecido’ incluem redução da capacidade de reserva funcional, não comprometendo necessariamente o seu desempenho no dia-a-dia, mas promovendo resposta cardiovascular diminuída frente a um esforço”.

A partir dos 50 ou 60 anos, o ritmo do metabolismo também desacelera, o que facilita o acúmulo de gordura nas artérias, principalmente em indivíduos sedentários, hipertensos e que possuem colesterol elevado. Assim, aumenta o risco de restrição do fluxo sanguíneo (aterosclerose). Se a região afetada for o coração ou o cérebro, o resultado pode ser um infarto ou um AVC (derrame).

Outra alteração estrutural decorrente do envelhecimento, segundo a cardiologista Magaly Arrais, cirurgiã cardiovascular do Instituto Dante Pazzanese, é o favorecimento do processo de calcificação e redução da elasticidade das artérias. “A formação de placas calcificadas nas paredes pode evoluir e levar a graus variados de isquemia (falta de oxigênio) em decorrência de lesões obstrutivas, chegando até à oclusão total da artéria, impedindo o fluxo de sangue”.

Segundo o Ministério da Saúde, as doenças do aparelho circulatório são a principal causa de mortalidade em idosos, com mais de 37% do número de mortes. As mais comuns são derrame, infarto e enfermidades decorrentes de hipertensão arterial. Por essa razão, o geriatra Renato Fabbri destaca a importância da prática de atividades físicas regulares. “É extremamente importante que a pessoa idosa não deixe de fazer atividades, nem que seja uma caminhada diária de 20 minutos. Os exercícios auxiliam na redução da pressão arterial, melhoram o desempenho da musculatura cardíaca e elevam a autoestima”.

Magaly Arrais também alerta que pacientes acima dos 60 anos devem realizar avaliação clínica periódica com cardiologista para a realização de exames laboratoriais e de imagem necessários para identificação de doenças frequentes nessa faixa etária.


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