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Aneurisma de aorta ascendente


A aorta é a maior e principal artéria do organismo. Ela recebe todo o sangue ejetado do ventrículo esquerdo do coração, distribuindo-o para todo o corpo, com exceção dos dois pulmões. A aorta ramifica-se em artérias menores ao longo de seu trajeto, desde o ventrículo esquerdo até a parte inferior do abdômen, ao nível da porção superior do osso do quadril ( região pélvica ). Sua parede apresenta três elementos principais: a íntima ( revestimento interno em contato direto com o sangue ), a camada média ( muscular ) e a adventícia ( camada mais externa ).

O diâmetro da normal da aorta varia de 2 até 2,5 cm. As doenças da aorta incluem os aneurismas ( dilatações em regiões frágeis de sua parede ), ruptura da aorta, hemorragia e a dissecção aórtica ( separação da camadas de sua parede por entrada de uma coluna de sangue ). Qualquer um desses distúrbios pode ser imediatamente fatal. A aorta também costuma ser um dos primeiros locais a ser acometido pela aterosclerose, doença que pode contribuir para o aparecimento de outras, como as citadas acima.

Aneurismas da aorta:

Um aneurisma da aorta ( AA ) é uma saliência (dilatação) na parede da artéria aorta, geralmente ocorrendo em uma parte enfraquecida da parede da artéria. Embora possam ocorrer em qualquer local ao longo da aorta, três quartos desses AA ocorrem no segmento abdominal ( parte da aorta abaixo do tórax , na cavidade abdominal ). Os AA são decorrentes principalmente da aterosclerose ( formação de placas de gordura ou ateromas, na parade da artéria ) .

A aterosclerose enfraquece suficientemente a parede da aorta até a pressão intra-arterial provocar a dilatação. Frequentemente, ocorre a formação de um coágulo sanguíneo ( trombo ) dentro do aneurisma, o qual pode disseminar-se ao longo de toda a parede. A hipertensão arterial ( pressão alta ), tabagismo, traumatismos, doenças inflamatórias da aorta, distúrbios hereditários do tecido conjuntivo ( como as síndromes de Marfan e a de Enlers-Danlos ) e a sífilis, são doenças que predispõem à formação de AA. No caso da síndrome de Marfan, o aneurisma pode desenvolver-se principalmente na aorta ascendente ( o segmento que sai diretamente do coração ). Os aneurismas também podem desenvolver-se em outras artérias que não a aorta.

Manifestações clínicas

Aproximadamente 75% dos aneurismas da aorta são assintomáticos e diagnosticados ao acaso em exames de rotina ou na investigação de outras doenças.

Quando sintomáticos, podem se manifestar como dor torácica, lombar ou abdominal, com ou sem instabilidade hemodinâmica. Nas situações de ruptura da aorta poderá ou não ocorrer exteriorização do sangramento.

Tratamento

Um dos aspectos mais importantes no manuseio dos pacientes com aneurisma da aorta é

a determinação do momento ideal para a indicação do tratamento cirúrgico.

O tratamento clínico visa à prevenção do crescimento do aneurisma e suas complicações de ruptura e dissecção. O tratamento medicamentoso objetiva o rigoroso controle da pressão arterial, da frequência cardíaca, do perfil lipídico, além da suspensão, quando for o caso, do tabagismo. Os beta bloqueadores ocasionam melhora do controle pressórico.

Cirurgia

Quando o paciente apresentar sintomas relacionados ao aneurisma a cirurgia é justificada em bases terapêuticas, especialmente porque o risco de ruptura é maior, independentemente do diâmetro ou da localização. Entretanto ainda existe controvérsia para os pacientes assintomáticos.

A primeira descrição da troca da aorta ascendente utilizando um enxerto aórtico foi realizada por Cooley e DeBakey em 1956.


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