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ATIVIDADE FÍSICA NÃO DEVE PARAR NA VELHICE

A prática de exercícios físicos é cada vez mais comum entre idosos. Conheça os principais cuidados e benefícios.

O aumento da expectativa de vida no Brasil – de 62 anos em 1980,para quase 75 nos dias atuais – tem quebrado diversos paradigmas, e vem aos poucos mudando a mentalidade da população, que quer cada vez mais longevidade, saúde e qualidade de vida. Contribuindo com tal anseio vem, é claro, a prática de atividade física.

A ideia de que os mais velhos são frágeis e devem evitar esforço é um mito. Os benefícios são incontáveis, especialmente para o coração. “Ao praticar uma atividade física, o idoso melhora seu sistema cardiovascular, com a redução da sobrecarga arterial e da pressão do músculo cardíaco para bombardear o sangue pelo corpo”. Quem afirma é a médica Maysa Cupaiol Lugan, cardiologista da Beneficência Portuguesa.

Leia mais: Algumas doenças restringem bastante a prática de exercícios

Investigar e prevenir doenças é um dos principais cuidados que qualquer um deve tomar ao inciar um esporte, e com os idosos não é diferente. De acordo com Maysa, idosos que irão iniciar uma atividade física devem, primeiramente, procurar a orientação de um especialista, de preferência um cardiologista. “É preciso investigar se há problemas no coração ou patologias associadas (desde hipertensão arterial a síndrome coronariana aguda ou insuficiência cardíaca) que podem interferir no desempenho físico.”

A médica também salienta a importância de seguir as recomendações de um profissional habilitado. “O idoso deve praticar as atividades físicas que são recomendadas para o seu tipo físico, considerando a sua patologia (caso haja alguma). Se possível, a prática da atividade deve ser feita com o acompanhamento e a supervisão de um profissional da área”, acrescenta.

Sobre as melhores opções, Maysa acredita que varia muito de caso a caso. “Boas alternativas são caminhadas, hidroginástica e pilates.” Mas é importante lembrar da alimentação antes e depois do treino. “Estar bem alimentado e bem hidratado irá garantir uma melhor recuperação e menos riscos de lesões musculares”, complementa a cardiologista.

Alimentação antes e depois do exercício

Como a alimentação pré-treino visa a fornecer energia para a realização do exercício, o ideal é ingerir carboidratos, como batatas ou mandioquinhas, no mínimo duas horas antes do início do treino, para que não haja riscos de hipoglicemia. Para quem tem diabetes, recomendam-se carboidratos complexos, como batata doce, milhos, torradas integrais, arroz integral ou aveia, que possuem maior quantidade de nutrientes e menos de açúcar.

Já no pós-treino é necessário ingerir nutrientes que reponham a energia perdida e favoreçam a recuperação dos tecidos, como proteínas (carnes magras, soja), verduras e legumes frescos. “E lembre-se que a hidratação é tão fundamental quanto a alimentação”, complementa Maysa.

Caso haja sintomas durante a atividade, como dor ou desconforto no peito, o idoso deve procurar o pronto socorro mais próximo do local. Maysa afirma que esse incômodo pode durar minutos e causa uma enorme pressão no peito, junto com possíveis dores nos braços, nas costas, no pescoço, no queixo ou estômago. “Também podem ocorrer falta de ar, náuseas, vômitos, vertigens, desmaios e suor frio”, acrescenta a médica.

É importante vestir roupas confortáveis, estar muito bem alimentado e vigorosamente hidratado. Lembre-se que todas essas medidas contribuem para que o exercício seja um momento de prazer, que, aliás, pode ser um bom caminho para resolver diversos outros problemas comuns da velhice, como osteoporose e Alzheimer. “A prática de uma atividade física pelo idoso não só melhora o sistema cardiovascular, como também influencia na capacidade de socializar do indivíduo, diminuindo riscos de depressão”, finaliza a médica.


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